A raça
Humana não
Sabe, supõe.
Saber é a nossa
Última qualidade,
Saber é o que fazemos
Menos. Não sabemos:
O tamanho das matas,
A origem dos ventos,
O nome da luz e as variações
Das cores das frutas entre o verde
E o maduro, incapazes de conhecer
O sacerdócio eterno das árvores,
A comunhão massiva das flores
Nos campos quando passa inverno
E vem primavera, enfim.
Supomos, apenas, que haja velocidade,
O movimento talvez seja uma ilusão,
Não sabemos nada sobre os destinos da alma,
Sobre o humor dos cães, sobre a solidão das baratas,
O nome do cheiro que fica dentro
Da geladeira quando estragam
Ovos que poderiam ter sido
Galinhas e galos, mas não
O foram e o porquê
Não sabemos.
De nós, de nós mesmos também sabemos pouco ou nada,
Também de nós não sabemos das coisas que poderiam ter
Sido, contudo não foram. Não sabemos, mas aqui há uma diferença:
Podemos saber. A pesquisa que se faz sobre si mesmo é
A mais importante pesquisa que faz
O homem sobre a realidade. Eis a ciência: saber a si
Mesmo.
Além, te despreocupa em tentar conhecer o incognoscível,
Nomear o inominável... Não há motivos pra esta disputa
Entre eu e eu. Quero mais é sentir: no sentimento repousa a ciência
Mais tenra, mais amável que pode haver.
De que adianta saber que o arco-íris se forma em função
Dos diamantes invisíveis dos céus fecundados pela luz rápida e alegre,
Se dentro de ti esta alegria não se propaga? Deixa a mesma luz te invadir,
Contempla primeiro o arco-íris dentro de ti: o saberás de fato, enfim.
Humana não
Sabe, supõe.
Saber é a nossa
Última qualidade,
Saber é o que fazemos
Menos. Não sabemos:
O tamanho das matas,
A origem dos ventos,
O nome da luz e as variações
Das cores das frutas entre o verde
E o maduro, incapazes de conhecer
O sacerdócio eterno das árvores,
A comunhão massiva das flores
Nos campos quando passa inverno
E vem primavera, enfim.
Supomos, apenas, que haja velocidade,
O movimento talvez seja uma ilusão,
Não sabemos nada sobre os destinos da alma,
Sobre o humor dos cães, sobre a solidão das baratas,
O nome do cheiro que fica dentro
Da geladeira quando estragam
Ovos que poderiam ter sido
Galinhas e galos, mas não
O foram e o porquê
Não sabemos.
De nós, de nós mesmos também sabemos pouco ou nada,
Também de nós não sabemos das coisas que poderiam ter
Sido, contudo não foram. Não sabemos, mas aqui há uma diferença:
Podemos saber. A pesquisa que se faz sobre si mesmo é
A mais importante pesquisa que faz
O homem sobre a realidade. Eis a ciência: saber a si
Mesmo.
Além, te despreocupa em tentar conhecer o incognoscível,
Nomear o inominável... Não há motivos pra esta disputa
Entre eu e eu. Quero mais é sentir: no sentimento repousa a ciência
Mais tenra, mais amável que pode haver.
De que adianta saber que o arco-íris se forma em função
Dos diamantes invisíveis dos céus fecundados pela luz rápida e alegre,
Se dentro de ti esta alegria não se propaga? Deixa a mesma luz te invadir,
Contempla primeiro o arco-íris dentro de ti: o saberás de fato, enfim.
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